Bem-estar animal: Manejo no período da vacinação
Bem-estar animal: Manejo no período da vacinação
Iniciamos mais uma etapa de vacinação de bovinos e bubalinos, de zero a vinte e quatro meses de idade, contra a febre aftosa.
Obrigatória em grande parte do país, a vacinação previne e erradica uma doença que traz grande prejuízo econômico ao mercado interno e externo.
Junto a vacina contra a febre aftosa, são administradas outras vacinas que compõem o calendário nacional de controle de doenças como; brucelose, raiva e clostridioses. E algumas propriedades adotam outras vacinas em seus calendários como; IBR e BVD (que são doenças reprodutivas) e em grande parte aproveitam para ministrar o controle de endo e ecto parasitas.
Fazendas, consideradas rentáveis, desembolsam cerca de R$ 1,60 a R$ 1,70 por animal/mês em sanidade segundo análise da Geagro Consultoria – Soluções Gerenciais/ Inttegra (2019/20).
Imagens da internet
Porém, para que haja eficácia no processo de imunização dos animais durante este período, é importante atentarmos aos cuidados com conservação, manejo (bem estrar dos animais) e segurança às equipes (colaboradores).
– Organizar os meios de conservação das vacinas durante a administração aos animais;
– Definir por quais lotes começar e terminar o manejo, visando facilitar ao máximo o fluxo de animais entrando e saindo do curral;
– Ter um Calendário pré-definido de quais medicamentos deverão ser aplicados de acordo com a categoria, sexo e peso;
Definido o planejamento, é momento de colocar em pratica o manejo de vacinação, observando sempre a conservação das vacinas. Boa parte das vacinas devem ser mantidas refrigeradas para que não tenham sua qualidade comprometida.
Devem ser mantidas em refrigeradores específicos para este fim, afim de conversa-las entre 2º a 8º graus de temperatura.
Após os fracos terem sido retirados do refrigerador, é importante que sejam acondicionados adequadamente em coolers durante o manejo, evitando a exposição das pistolas de aplicação ao sol e temperatura ambiente.
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Cuidados com Contenção e Aplicação:
A qualidade do manejo e cuidados com a segurança dos colaboradores e dos animais, estão relacionados a correta contenção dos animais.
Desta forma que desde a instalação mais simples até aquela com todos aparatos devem receber manutenção periódica de reaperto, substituição de peças e lubrificação de pistões e catracas.
Muitos troncos de contenção são constituídos em sua maioria de madeira. A madeira trabalha fisicamente ao longo do ano inchando no período das chuvas e secando no período de estiagem, onde necessitam maior atenção a ajustes.
Desta forma, é imprescindível que os animais permaneçam imobilizados, afim de evitarem se lesionarem e lesionarem àqueles que estão lidando.
Também, é importante minimizar níveis de estresses que resultam em redução da resposta imunológica aos medicamentos.
Tempo é outro fator importante quando os animais não estão bem contidos, pois gera atraso no manejo, ao contrário do que se pensa quando há a contenção dos animais e administração das vacinas nos locais corretos de aplicação.
Hoje em dia, os proprietários que se preocupam com o bem estar de seus colaboradores e animais, adotam medidas de manejo racional dos animais, buscando aplicar treinamento junto as suas equipes (entendendo o comportamento dos bovinos para melhor conduzi-los dentro do curral) e investindo em instalações que proporcionam o manejo racional dos animais.
Imagens da internet
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No tocante ao cuidado com aplicação dos medicamentos temos que cuidados a qualidade das agulhas e higiene das pistolas.
Ao longo da vacinação as agulhas vão perdendo o fio, onde deixam de “perfurar” o couro e começam a “rasgar” o couro dos animais. Desta forma, é importante efetuar a troca das agulhas a cada 50 animais. Não menos importante é a desinfecção das mesmas, afim de evitar que levem agentes patológicos de um animal ao outros assim como sujidades que causam abscessos e comprometem a ação da medicação.
Imagens da internet
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Manejo correto dos animais dentro dos currais com auxílio da bandeirola. (imagens interne – Grupo Etco)
Área correta de aplicação das vacinas em verde e locais proibidos em vermelho. (imagens internet)
Abscessos decorrentes de falhas no processo de vacinação dos animais, causam prejuízos de monta financeira ao produtor, além de comprometer a qualidade da carne.
Falhas no manejo e administração das vacinas resultando em lesões aos animais. (imagens internet)
Outro aspecto a ser observado é a carência após a vacinação ao período para poder destinar os animais ao abate. O produtor deve informar ao órgão de defesa sanitária aqueles animais em fase final de terminação, abrindo um saldo temporário daqueles animais que serão destinados ao abate tão logo.
Abscessos decorrentes de falhas no manejo e aplicação. (imagens internet)
Consultas:
Autor: Walker Diógenes Ricarte
Graduado em Zootecnia, pela Universidade Católica Dom Bosco (Campo Grande – MS), Técnico em Agropecuária pela ETAE Augusto Tortolero Araújo (Paraguaçu Paulista - SP), com experiencia em administração de empresas rurais, indústria frigorífica, nutrição animal e consultoria em grandes projetos de cria, recria e terminação a pasto, confinamentos e iLP, nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Hoje compondo o time da Safrasul, como Supervisor Regional – MS Norte.
Autor: Walker Diógenes Ricarte
Graduado em Zootecnia, pela Universidade Católica Dom Bosco (Campo Grande – MS), Técnico em Agropecuária pela ETAE Augusto Tortolero Araújo (Paraguaçu Paulista - SP), com experiencia em administração de empresas rurais, indústria frigorífica, nutrição animal e consultoria em grandes projetos de cria, recria e terminação a pasto, confinamentos e iLP, nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Hoje compondo o time da Safrasul, como Supervisor Regional – MS Norte.
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