Consórcio Milho x Braquiária

Consórcio Milho x Braquiária

A ESCOLHA DA CULTIVAR ADEQUADA E SEUS CRITÉRIOS

    O Sistema Santa Fé foi lançado para o público no ano de 2000 pela EMBRAPA. O grande intuito desse projeto foi otimizar a área com baixo custo/ha, cobertura vegetal e conservação do solo, podendo ainda utilizar para o pastejo na entressafra. Esse manejo ficou muito conhecido em todo país, tomando grandes proporções em áreas cultivadas com culturas anuais de grãos na safra de verão e safrinha.

    Com o passar do tempo foram se destacando vários outros fatores benéficos que fazem deste sistema um ótimo aliado para a agricultura e Integração Lavoura-Pecuária, sendo descobertas várias outras vantagens, além de otimizar área e uso da ILP. Algumas delas são a descompactação do solo, a ciclagem de nutrientes, o aumento de macro e microbiotas do solo e a redução do escorrimento superficial, aprimorando a prática do plantio direto.

    A relação custo-benefício que este sistema proporciona ao produtor rural faz com que tenha uma maior procura por sementes no mercado forrageiro e máquinas adequadas para esse procedimento, agregando um pacote tecnológico para que a integração entre essas duas espécies vegetais seja cada vez mais precisa e eficaz, tanto na semeadura quanto na qualidade de sementes.

    Hoje conseguimos operar esse consórcio com bastante facilidade, tendo acompanhamento técnico, maquinário adequado e sementes forrageiras de qualidade, proporcionando um melhor resultado da integração milho x braquiária.

    Sobre o consórcio dessas duas espécies, devem-se adotar algumas medidas para que se tenha sucesso na implantação do sistema, inibindo alguns problemas que podem ocorrer no plantio e no desenvolvimento dessas plantas até a colheita, sendo eles, a baixa produtividade do milho causada pela disputa de nutrientes e o abafamento das plantas de milho pela braquiária, causando um baixo operacional durante a colheita.

    A importância da escolha da brachiaria adequada para cada talhão ou tipo de solo é primordial neste processo, pois o posicionamento de cada cultivar deve ser estratégico. Alguns fatores devem ser observados como, por exemplo, solos compactados, solos com alto teor de cascalho ou areia, estes necessitam de maior aeração ou camada isotérmica em sua superfície, nesses casos pode-se trabalhar com braquiárias brizanthas, pois elas possuem uma maior agressividade radicular, maior relação C/N e alto teor de lignina, ajudando a permanência dessa massa vegetal sobre o solo por maior tempo, e também na descompactação do solo em perfis mais profundos.

    As cultivares de brizanthas mais recomendadas para esse tipo de manejo são as braquiárias; BRS PAIAGUÁS, BRS PIATÃ, MARANDU, XARAÉS (MG-5), BRS IPYPORÃ, entre outras. Porém os capins Marandu, Piatã e Paiaguás têm uma aquisição mais fácil no mercado e menor custo. Este último se destaca muito pela facilidade de dessecação, acamamento nas entrelinhas do milho e resistência a seca.

    A brachiaria ruziziensis é a mais procurada para o consócio, pois é de fácil manejo e ganhou o mercado forrageiro para utilização na agricultura, sendo ela em consócio com o milho ou solteira após a soja. A semente de ruziziensis está entre as mais adquiridas no mercado. A facilidade de dessecação e sua boa massa foliar fazem toda a diferença na hora da compra. Um dos fatores que a deixa com menores créditos em relação a brizantha é o aprofundamento de raízes, teor de lignina e sua relação C/N são menores que as brizanthas, porém é a braquiária que possui um dos menores dos fatores de reprodução de nematóides da espécie Pratulenchus brachyurus.

    Nos próximos blogs teremos mais informações sobre as forrageiras e as informações necessárias sobre o estabelecimento de brachiarias em consórcio com milho verão e milho safrinha. Acompanhe.

Autor: Igor Calazans

Autor: Igor Calazans

Engenheiro agrônomo e Consultor de vendas na SafraSul sementes desde 2016.
Técnico em agropecuária- IFB (Instituto Federal de Brasília) graduado em Agronomia Upis- (União pioneira de integração social) curso em manejo sanitário em bovinos de corte-IFB, Curso em manejo da pastagem-IFB, com Experiência em manejo e conservação do solo, plantio direto com plantas de cobertura.

Autor: Igor Calazans

Autor: Igor Calazans

Engenheiro agrônomo e Consultor de vendas na SafraSul sementes desde 2016.
Técnico em agropecuária- IFB (Instituto Federal de Brasília) graduado em Agronomia Upis- (União pioneira de integração social) curso em manejo sanitário em bovinos de corte-IFB, Curso em manejo da pastagem-IFB, com Experiência em manejo e conservação do solo, plantio direto com plantas de cobertura.

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