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Terminação Intensiva a Pasto no período das chuvas

Terminação Intensiva a Pasto no período das chuvas

Terminação Intensiva a Pasto no período das chuvas

   Tornou-se necessário a redução da idade de abate e com isso impulsionou a intensificação dos animais criados em regime de pastagens. Seja por meio da melhoria no manejo das pastagens, através de adubação periódica, surgimento de gramíneas com melhores teores nutricionais e novas técnicas de pastoreio, seja pelo incremento dos suplementos destinados aos animais a pasto, com adição de aditivos que melhoram a conversão alimentar, bem como o aumento da oferta de dietas concentradas.

    A técnica de intensificar a terminação dos bovinos a pasto veio como meio de aumentar a produção de arrobas por hectare, com custos mais baixos se comparados aos métodos de confinamento já existentes. Assim ficou conhecida como TIP (Terminação Intensiva a Pasto).

   Este método permite a engorda de animais durante o ano inteiro, uma vez que a área destinada aos animais é muito maior àquela usada nos confinamentos, proporcionando aos animais um melhor conforto ou bem estar. Assim, ficou possível intensificar a terminação de animais no período das chuvas.

    Se observarmos o esquema de terminação dos animais, é possível notar dois períodos; um período no terço final do período de estiagem resultante dos confinamentos e um período no final do período chuvoso resultante dos animais terminados inteiramente a pasto. Neste ultimo as pastagens se estabelecem após os meses de dezembro e janeiro, onde os animais recebem uma suplementação protéica/energética em torno de 0,2 a 0,5% do peso vivo corporal.

Porém, a terminação a pasto, nestes modelos de suplementação resultam, na maioria das vezes, em animais baixo de acabamento de gordura e subsequente baixo rendimento de carcaça, principalmente em machos não castrados.

Quando aumentamos a ingestão de dietas mais concentrados aos bovinos a pasto, mesmo no período das chuvas, estamos promovendo diversos benefícios:

– Redução do período de engorda;

– Redução dos custos (fixos e variáveis);

– Efeito substitutivo de pastagens, resultando em aumento de lotação por hectare;

– Sobra de área destinada a outras categorias, com melhor oferta de forragem;

– Aumento da produção de arrobas por hectare/ano;

– Aumento da receita por hectare/ano;

Da mesma forma, a intensificação da terminação de animais a pasto, principalmente no período chuvoso, exige:

– Planejamento para compra de insumos;

– Planejamento da escala de abate, observando as faixas etárias e de peso dos animais;

– Estruturas para armazenamento de grãos e coprodutos no período de entressafra;

– Estruturas cobertas para oferta de rações, visando minimizar ao máximo a perda durante a chuva;

– Equipamentos adequados para distribuição de ração a pasto;

No período chuvoso, como há mais oferta de forragens, consumo de dietas concentradas ficam na ordem de 1,5 a 1,8% do peso vivo ao dia, o que se torna interessante por reduzir o custo com o trato. Reduzindo, também, o custo da arroba produzida.

O ganho de peso diário (GMD) gira em torno de 1,300 1,500 quilos de acordo com a composição racial dos animais e a qualidade da dieta, incluindo a água, ofertada. Conforme gráfico abaixo.

A intensificação da terminação a pasto, proporciona uma significativa melhoria na eficiência biológica dos animais. Ou seja, quilos de ração consumida x quilos de carne produzida, conforme os dados abaixo.

A imagem abaixo, mostram duas peças ruminais, onde a peça da esquerda ilustra um animal submetido a uma dieta mais volumosa e a peça da direita ilustra um animal que recebeu uma dieta mais concentrada. Há uma significativa redução do volume ruminal que tem impacto no rendimento de carcaça e rendimento de ganho sobre o ganho de peso vivo/dia.

Moretti et al. (Dados não publicados)

Os dados abaixo são resultados de um trabalho exercido ao longo de quatro animais (2015 a 2019), numa propriedade em Nova Guarita – MT, onde aplicou-se a terminação intensiva a pasto. Resultando em uma melhoria no aumento da produção de arrobas e receita por hectare/ano.

Dados da Geagro – Soluções Gerenciais (Sinop – MT).





O gráfico abaixo apresenta os valores pagos pela arroba ao longo do ano. O melhor relacionamento junto a indústria frigorifica é estabelecido quando há oferta periódica de animais durante o ano todo, observando a qualidade do acabamento e precocidade dos animais. Da mesma forma, que uma boa remuneração é feita sobre a produção de carne (rendimento de ganho).

Dados CEPEA/ESALQ.


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